sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Carta do cacique Seattle



Há mais de um século e meio, em 1855, o cacique Seattle, dos Suquamish, do Estado de Washington, costa Oeste dos Estados Unidos, enviou esta carta ao presidente Franklin Pierce, em resposta a uma oferta para compra do território indígena. As reflexões do líder Suquamish ainda têm uma surpreendente atualidade.

A resposta do Chefe Seattle, aqui reproduzida na íntegra, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio-ambiente:

"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. É uma atitude gentil da parte dele, pois sabemos que não necessita da nossa amizade. Vamos pensar na oferta. Sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e se apossará dela. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas: não perdem o brilho.

Mas como é possível comprar ou vender o céu, o calor da terra? É uma idéia estranha. Não somos donos da pureza do ar e do brilho da água. Como alguém pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada floco de neblina nas florestas escuras, cada clareira, todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é o mesmo que outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de esgotá-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem nenhum sentimento. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim porque o homem vermelho seria um selvagem que nada compreende.

Não há paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o som do desabrochar da folhagem na primavera, o zumbir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d\\'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com perfume de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro

Se eu me decidir a aceitar a venda, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.

Nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Nossos guerreiros vergam sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos doces e bebidas ardentes. Não importa muito onde passaremos nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso povo.

Sabemos de uma coisa que o homem branco talvez venha um dia a descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira do homem vermelho como do branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa que as outras raças. Continua sujando sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça. É o fim da vida e o começo da sobrevivência.

Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos que esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, que visões do futuro oferece para que possam tomar forma os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são desconhecidos para nós. E por serem desconhecidos, temos que escolher nosso próprio caminho. Se concordarmos com a venda é para garantir as reservas que foram prometidas. Lá talvez possamos viver nossos últimos dias. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem sobre as pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se vendermos nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca se esqueçam de como era a terra quando tomaram posse dela. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos e ama-a como Deus ama a todos nós. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino".

segunda-feira, 8 de junho de 2009

II CAMINHADA DO MEIO AMBIENTE - 05 DE JUNHO DE 2009








O Dia Mundial do Meio Ambiente foi comemorado na sexta-feira, dia 5 de junho, em Itiúba, com uma caminhada que reuniu cerca de 600 pessoas. Como parte das comemorações da Semana do Meio Ambiente, o evento foi organizado pela EQUIPE DE TREKKING E EDUCAÇÃO AMBIENTAL KALANGOS DA LAJE.

Na caminhada pela região central da cidade, participaram alunos e professores do GINÁSIO MUNICIPAL ANTONIO SIMÕES VALADARES, COLÉGIO ESTADUAL ARY SILVA e COLÉGIO ESTADUAL BELARMINO PINTO. Os estudantes e professores aproveitaram o momento para conscientizar a população sobre a preservação do meio ambiente em nossa cidade.

Faixas e cartazes buscavam alertar a população sobre a importância de cada um fazer sua parte na preservação do planeta, houve também apresentações teatrais com a participação do GRUPO PROJOVEM e um belissimo ABRAÇO SIMBÓLICO envolvendo a FONTE DA NAÇÃO ponto turístico do nosso município.

É isso aí, obrigado pela participação de todas as pessoas que contribuiram para a realização dessa grande ação em prol do meio ambiente!!!! Até o ano que vem...

KALANGOS NO RIO ITAPICURU MIRIM (31/05/2009)







GRANDE CAMINHADA PARA O RIO ITAPICURU MIRIM, COM A PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DOS ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL BELARMINO PINTO E GINÁSIO MUNICIPAL ANTONIO SIMÕES VALADARES! VALEU PELA PARTICIPAÇÃO GALERA...

domingo, 17 de maio de 2009

DONA ÁUREA - A MÃE KALANGO

DONA ÁUREA, 88 ANOS DE MUITA SAÚDE E DETERMINAÇÃO. VONTADE DE VIVER, UM GRANDE EXEMPLO PARA TODOS NÓS.
CAMINHA TODOS OS DIAS, CUIDA DO MEIO AMBIENTE, AJUDA A TODOS COM SUAS PLANTAS MEDICINAIS... RESUMINDO: UMA GRANDE MÃE KALANGO!!!

PARABÉNS DONA ÁUREA




quarta-feira, 6 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

KALANGOS DA LAJE - 01 DE MAIO DE 2009



Kalangos da Laje - Preparação para a distribuição de folhetos de conscientização sobre o meio-ambiente e a coleta seletiva do lixo. Ser um Kalango da Laje é ter compromisso com a natureza.
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OS KALANGOS DA LAJE INVADEM AS RUAS DA CIDADE...


IJEANE COM O PEQUENO FILHOTE DE TARTARUGA ENCONTRADO NA FONTE DA NAÇÃO (CENTRO DA CIDADE)...


José Carlos, o mais novo dos Kalangos, pintando uma das faixas para colocarmos na rua.

domingo, 26 de abril de 2009

OS KALANGOS DA LAJE PROMOVEM A 1ª CAMPANHA DE COLETA SELETIVA NO MUNICIPIO DE ITIÚBA



DATA: 01 DE MAIO
LOCAL: CENTRO DA CIDADE
HORÁRIO: A PARTIR DAS 9:00h

quinta-feira, 23 de abril de 2009

DIA NACIONAL DA CAATINGA



Instituído através de decreto presidencial, de 20 de agosto de 2003, o 28 de abril foi escolhido em homenagem ao primeiro ecólogo do Nordeste brasileiro e pioneiro em estudos da caatinga, o professor João Vasconcelos Sobrinho. Durante muito tempo pensou-se que a caatinga fosse um ecossistema pobre, por isso a escassez de estudos sobre ela.

O patrimônio biológico da caatinga não é encontrado em nenhum outro lugar do mundo além do Nordeste do Brasil. Inclui áreas do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o Norte de Minas Gerais. São espécies nativas da caatinga ''barriguda'' (Cavanillesia arborea), amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro. A fauna nativa inclui o sapo-cururu, asa-branca, cotia, preá, veado-catingueiro, tatu-peba, sagüi-do-nordeste e cachorro-do-mato.

No entanto, o estudo minucioso da caatinga não trouxe boas notícias. Os pesquisadores constataram que esse é o terceiro ecossistema brasileiro mais degradado, atrás apenas da Mata Atlântica e do cerrado. 50% de sua área foram alterados pela ação humana, sendo que 18% de forma considerada grave por especialistas. A desertificação, encontrada principalmente em áreas onde antes se desenvolvia o plantio de algodão, apresenta-se bastante avançada.

Além do desmatamento, um sério problema enfrentado por esse domínio é a caça aos animais, única fonte de proteínas dos sertanejos que residem na área. A percentagem das áreas de caatinga protegidas por reservas e parques é ínfima: 0,002%, segundo o Ministério do Meio Ambiente. "Precisamos mudar esse patamar de proteção para não perdermos espécies que ocorrem apenas na caatinga", declarou a diretora de Áreas Protegidas do Ministério, Inah Simonetti.

O Ministério do Meio Ambiente já declarou seu interesse em transformar a caatinga em patrimônio nacional e assumir para si a responsabilidade da proteção. Que o gesto não sirva apenas como um reconhecimento tardio pelo governo do único bioma exclusivamente brasileiro.

Fonte: Noolhar

quarta-feira, 22 de abril de 2009

KALANGOS NO POVOADO DE PICOS - ITIÚBA

Saudações pessoal!!! Estamos aqui mais uma vez para apresentar a todos vocês mais uma localidade do nosso municipio e as suas belezas naturais. Nesse feriadão de 21 de abril (DIA DE TIRADENTES), fizemos um trajeto de 25km para visitar o POVOADO DE PICOS(distrito de Itiúba), onde ficamos admirados com a sua vegetação e suas BACIAS HIDROGRÁFICAS(rios, lagos e açudes).








ACÚDE DO JENIPAPO - ITIÚBA-BA



BARRAGEM DO RIO ITAPICURU

segunda-feira, 20 de abril de 2009

TREKKING PARA A LAJE DO CÉU

Ontem (19/04/2009) dia do índio, houve um acontecimento histórico no Município de Itiúba, foi formado os KALANGOS DA LAJE a PRIMEIRA EQUIPE DE CAMINHADA da nossa cidade. Com o objetivo de realizar caminhadas e ações em defesa do meio ambiente, os KALANGOS DA LAJE realizaram a sua primeira caminhada para a LAJE DO CÉU localizada na SERRA DE ITIÚBA, completando uma trajetória de aproximadamente 25km.

PARTIDA PARA A LAJE DO CÉU



Da esquerda para a direita(Agaichados):Balbino, José Araújo, Cristiano.
Da esquerda para a direita(em pé): Haroldo, Elisangela, Camila, Edineide, Hortencia e Ramon.


MOMENTO DE MEDITAÇÃO E RELAXAMENTO





UMA GRANDE SURPRESA NO CAMINHO: CASA DO JOÃO DE BARRO



AÇÚDE DO COITÉ






SUBIDA DA SERRA DE ITIÚBA







CHEGADA NO POVOADO DO ADRO



Professor Balbino e José Araújo grandes dinossauros...




AGRADECIMENTO ESPECIAL AO PROFESSOR GILBERTO E O VEREADOR NATANAEL PELA ÓTIMA RECEPÇÃO... OBRIGADO A TODOS DA ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO ADRO DO SÃO GONÇALO!!!



IGREJA DO ADRO DO SÃO GONÇALO - ERGUIDA EM 1632




BELISSIMA LAJE DO CÉU - UFF.. O LONGE É ALI, MAS NÓIS CHEGA... :-)








Laje do céu

Montanha que faz parte da Serra de Itiuba. No cume da elevação, há o encontro de várias correntes aéreas, provocando um fenômeno: as mesmas canalizam uma força eólia descomunal e objetos como chapéus, roupas, bolsas, etc., quando atirados ao abismo, são trazidos de volta. A paisagem é belíssima, avistando-se a região inteira que circunda o local.